sábado, 4 de dezembro de 2010

Polêmica trava compra de girafas em zoológico gaúcho

Ativistas mobilizam público contra importação de animais da África.
Especialistas defendem papel do cativeiro para preservar espécies.
Girafa era atração popular entre as crianças, segundo zoo gaúcho
Desde a morte da última girafa do zoológico de Sapucaia do Sul (RS), em agosto, a vontade da instituição de repor o acervo tem motivado a reação de diversas organizações gaúchas de defesa dos animais. Foram tantos e-mails, cartas, abaixo-assinados e manifestações públicas contrárias à importação de novos exemplares da África que a administração do zoo decidiu deixar a resolução para a nova gestão, que assumirá a entidade em 2011 junto com o novo governo do estado. Especialistas, porém, consideram que ambientalistas estão equivocados.

Ativistas de cerca de dez organizações de Porto Alegre têm se dedicado a divulgar a causa pela internet e em alguns eventos públicos, como a Feira do Livro e o show do ex-Beatle vegetariano Paul McCartney, que acontece neste domingo (7) no Estádio Beira-Rio. O carro-chefe do movimento coletivo tem sido o slogan “Lugar de Animal é em seu Habitat Natural”, com um site que anuncia eventos, notícias e abriga uma petição on-line crescente, que já ultrapassou 2.100 assinaturas.
A mobilização que começou com as girafas de Sapucaia do Sul foi ampliada para uma proposta geral de mudança do conceito e vocação dos zoológicos. O ativista Fernando Schell Pereira, representante do site Lugar de animal e participante do coletivo Vanguarda Abolicionista, defende que os zoológicos se tornem santuários voltados para animais em risco (vítimas do tráfico, abandono e maus-tratos) e tenham visitação restrita a profissionais. “Estamos propondo uma troca de paradigmas e a reação das pessoas tem sido surpreendente, elas estão parando para pensar que a girafa é um animal da savana e devia ficar na África”, explica Fernando.

O grupo gaúcho tem organizado, semanalmente, atividades em parques e eventos de Porto Alegre para colher assinaturas e conscientizar o público. Eles pretendiam entregar os abaixo-assinados protocolados para a direção da Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul na segunda-feira (8). Mas, como o órgão decidiu paralisar o processo de importação das girafas e deixar a decisão para os próximos gestores, os ativistas tentam articular um encontro com o governador eleito Tarso Genro para oficializar a reivindicação.

Fernando Schell antecipa que as ações tendem a crescer, inclusive aproveitando a visibilidade proporcionada pela Copa do Mundo em 2014. “Nós temos a intenção de continuar fazendo o movimento, que tem dado muito certo, para trazer à tona a discussão com a sociedade sobre a relação entre os zoológicos e os seres humanos”, disse.

sábado, 20 de novembro de 2010

Girafa 'faz o pé' em zoo britânico

Thorn teve os cascos tratados na cidade de Chester.
Zoológico desenvolveu técnica que dispensa anestesia.

Foto: Reuters
A girafa Thorn 'faz o pé' nesta terça-feira (9) em zoo na cidade inglesa de Chester. (Foto: Reuters)
Foto: Reuters

Os cuidadores do zoológico estão desenvolvendo uma técnica para tratar os cascos dos animais sem uso de anestesia.  (Foto: Reuters)

domingo, 14 de novembro de 2010

Alimentação da girafa no zoológico

As girafas são animais herbívoros, ruminantes e têm uma capacidade de se alimentar muito bem durante todo o ano. Podem recorrer a cerca de 100 espécies de plantas diferentes.
Alimentam-se de folhagem decídua, durante a época das chuvas (entre os meses de novembro e maio, quando o alimento é mais abundante) ou de espécies de folha perene, na estação da seca.
Além de folhas, galhos e até casca de árvores, pequenos rebentos ou brotos e arbustos de acácias e mimosas também são apreciados.
As girafas são adaptadas para explorar uma banda de vegetação localizada acima de 3 metros de altura, fora do alcance de todos os outros herbívoros. À exceção dos elefantes, as girafas exploram um nicho ecológico muito restrito e deste modo não têm competidores pelos escassos recursos da savana.
Em cativeiro recebem 5% de vegetação seca (grama desidratada), 65% ração com baixa fibra de ervas, mais 30% cenora, pão, banana, alface, espinafre, maça, batata doce e alfalfa.
No Zoológico de Lisboa, por exemplo, a sua alimentação consiste basicamente em ração, pão, fruta, cenouras, feno e ramos com folhagens. Já no Zoológico de Buenos Aires sua alimentação é a base de alfafa seca e fresca, cenouras, cebolas, brotos de soja e maçãs.
A dieta da girafas no Zoológico de Belo Horizonte, em Minas Gerais, por exemplo, é composta por ração, alfafa, cenoura, banana, maçã, verduras, rama de batata e galhos de leguminosas.
Já no Zoológico de Brasília as girafas consomem folhas de acácia (Acacia farnesiana), amora (Morus nigra), arapiraca (Pithecolobium sp), entre outros...

domingo, 7 de novembro de 2010

África do Sul: mulher é morta por coice de girafa

Uma mulher estava passeando com seus cachorros em uma área natural da África do Sul quando foi atacada por uma girafa. Um coice do animal fraturou seu pescoço, e ela morreu na hora. Especialistas acreditam que, assustada com a presença dos cães, a girafa estava tentando proteger seu filhote.

Merike Engelbrecht, 25, estava no parque, na província de Limpopo, para celebrar seu aniversário de um ano de casamento com o marido Juan. A viagem também fazia parte das festividades do aniversário de 50 anos de sua mãe.

Ela estava andando em uma trilha com os cães quando a girafa ficou nervosa por causa de sua aproximação. Merike teria tentado proteger os cachorros e acabou sendo atingida pela pata do animal. Seu corpo foi descoberto quando um dos cães se aproximou dos familiares, machucado.

Apesar de parecerem pacíficas, o coice das girafas é capaz de fraturar o crânio de um leão, seu predador natural. Acredita-se que o acidente aconteceu porque ela quis proteger seu filhote. A família não guarda rancores do animal selvagem, que não será sacrificado.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Por que o pescoço da girafa é tão flexível?

Pescoço de girafa
As girafas (em inglês) se elevam acima de todos os outros mamíferos do mundo. Aparando ramos ao longo das savanas africanas sobre pernas finas como pernas-de-pau, a girafa macho adulta pode exceder os 6 metros [fonte: National Geographic (em inglês)]. Mas apenas cerca da metade de sua altura vem de seu tronco - o restante vem do pescoço. E como se todo esse comprimento não fosse suficiente para esse animal, ele ainda tem outra ferramenta para expandir seu alcance: sua língua pode se esticar a até 46 centímetros.
Quanto ao longo pescoço, os cientistas continuam sem respostas definitivas em relação ao exato caminho evolucionário que os ancestrais do animal tomaram para estimular uma adaptação tão singular. Umas das peças mais surpreendentes desse quebra-cabeça é que a vasta extensão do pescoço contém apenas sete vértebras. É o mesmo número de vértebras que os humanos e quase todos os outros mamíferos possuem.

Graças a seus pescoços altaneiros, as girafas podem atingir até 6 metros de altura
Como explicação, muitos pesquisadores apontam o petisco preferido das girafas, as folhas de acácia, como responsável por essa extensão adicional do pescoço. A teoria da evolução diz que as girafas, através da seleção natural, tem aquele pescoço porque seu alimento preferido estava no alto dessas árvores de 6 metros. Entretanto, as girafas também passam algum tempo, particularmente durante a última parte do dia, com suas pernas abertas obliquamente, mastigando gramíneas e arbustos rasteiros [fonte: Dagg and Foster].
Outros pesquisadores dizem que talvez se trate de impressionar as fêmeas de pescoço mais curto. As girafas macho, chamadas touros, brigam numa competição pescoço contra pescoço pelas girafas fêmeas. Semelhante a carneiros entrelaçando chifres em batalhas exaltadas, os touros usam seus pescoços robustos para atingir um ao outro com força esmagadora. As leis da adaptação sugerem que aqueles com o pescoço mais longo e forte ganham a competição.
Seja qual for o caso, as sete vértebras das girafas fazem as nossas parecerem anãs. Na verdade, cada vértebra do pescoço da girafa pode ter até 25 centímetros de comprimento .Como você pode adivinhar, isso não é feito exatamente para uma carga leve: estamos falando de cerca de 270 quilos.
Como esses quadrúpedes magricelas suportam todo esse peso e ainda conseguem se movimentar? Vá para a próxima página para descobrir os segredos do pescoço mais longo da natureza.

sábado, 30 de outubro de 2010

A REPRODUÇÃO DAS GIRAFAS

Gestação
As fêmeas de girafa têm lugares específicos para parir dentro de seu território. Escolhem um determinado lugar para trazer ao mundo sua primeira cria e sempre voltarão a esse local para os partos seguintes, mesmo no caso de seu território ter sido fragmentado.
Filhotes
Ao nascer, as crias são fortes e bem desenvolvidas, costumam ser vítimas dos predadores durante o primeiro ano de vida. Após o desmame, as fêmeas permanecem dentro do território materno, enquanto os machos o abandonam, formando grupos separados. Organizados em uma hierarquia clara de dominância, esses grupos formados só por machos vagarão dentro de seu próprio território, à procura de fêmeas no cio.

sábado, 2 de outubro de 2010

Costumes e Hábitos!!!

ZOOÉTICA
tratado sobre os costumes dos animais

Zooética ou Etologia que é a ciência que estuda o comportamento dos indivíduos dentro do seu ambiente. Esse ramo da Biologia deve se situar dentro da Ecologia.
A etologia, ou seja o estudo da conduta animal, é apontada como um dos fatores que modificam a atitude do homem a respeito da fauna, com uma progressiva compreensão que vem deixando para trás a repressiva concepção vitoriana, em que o animal era apenas uma peça capturada nas ex-colônias europeias da África e enjaulada para diversão das classes altas.
O mais recente efeito da etologia e seus pares inseparáveis, a ecologia e o conservacionismo, é uma perspectiva mais alentadora frente às espécies em risco de extinção e nelas assumem grande protagonismo os zoológicos e as reservas. O do panda já é um clássico no tema.
VELOCIDADE
É de índole pacífica e inofensiva, e quando se vê em perigo, recorre à fuga. Seu modo de caminhar e de correr é o que, nos cavalos, se chama de andadura, mas consegue deixar facilmente para trás o melhor cavalo.
Se ficar assustada e precisar correr, coloca toda força nas patas dianteiras e galopa alcançando velocidades de 50 a quase 60 quilômetros por hora.
No ranking!
A girafa desenvolve dois tipos de passos, dois tipos de “velocidade”: a andadura (quando anda) e o galope (quando corre). Na hora de caminhar, ergue ambas as pernas de mesmo lado do corpo e as leva para frente, deslocando-as ao mesmo tempo.
Embora pareça lenta em seu deslocamento, as girafas conseguem progredir com passos largos de até 4,5 metros quando andam – o que faz da girafa um elegante animal.
A girafa tem mais fôlego do que os leões! Seu aspecto desajeitado e lento na corrida é só impressão. Os movimentos parecem esquisitos porque a girafa não corre como os outros quadrúpedes.
O cavalo, por exemplo, movimenta as patas da frente, depois as de trás, quando galopa. A girafa, não. Ela move primeiro as patas de um lado, depois as do outro, alternadamente. Observe as fotos abaixo!
Quando correm, o esquema altera-se e os membros posteriores avançam à frente dos anteriores pelo lado de fora. Os membros anteriores são colocados no meio dos posteriores, o que permite não tropeçar nas próprias pernas. O pescoço move-se também, em sincronia, de forma a manter o equilíbrio.
Fotos de Spook Skelton, do site Nature Wildlife Giraffe Page (www.nature-wildlife.com). Ambas de 1996, próximo a Satara, Parque Nacional Kruger – África do Sul (Nikon F4/400mm lens and Kodachrome 64 Film).
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As girafas costumam passar a maior parte do tempo em atividade. Quando o calor é muito intenso, no entanto, elas procuram se abrigar na sombra das árvores. Durante à noite, quando a temperatura fica mais amena, a atividade da girafa volta a se intensificar. É nesse período que o animal costuma sair à procura de alimento.
As girafas dormem apenas duas horas por dia (mais ou menos), geralmente em pé e, só em ocasiões muito especiais, quando se sentem completamente seguras, se deitam ao chão para descansar.
Tempo de sono de uma girafa em % de 24 horas: 7,9%. Tempo de sono em horas/dia: 1,9h...
Fonte: (http://faculty.washington.edu/chudler/chasleep.html)

Na hora do descanso, sempre por poucos minutos, a girafa “senta”, com o pescoço inclinado para trás e a cabeça recostada em seu lombo.
Esta peculiar posição de repouso também ajuda na circulação sanguínea da região do avantajado pescoço do animal.
Fotos de Spook Skelton, do site Nature Wildlife Giraffe Page (www.nature-wildlife.com). Ambas de 1996, no Parque Nacional Kruger – África do Sul. Do lado esquerdo, próximo a Shingwedzi; do lado direito, próximo a Olifants (Nikon F4/400mm lens and Kodachrome 64 Film).
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BRIGAS
Em raras ocasiões, podem travar verdadeiros combates entre os machos para estabelecer suas áreas de domínio. Podem usar a cabeça, com seus dois chifres, como se fosse um porrete, balançando-a desde suas patas traseiras até acertar com uma força tremenda o corpo de seu oponente.
Esse tipo de luta se processa vagarosamente, com longas pausas entre as batidas de pescoço que, de tão fortes, podem ser ouvidas bem longe na planície.
No entanto uma girafa nunca mata a outra, quando uma sente que perdeu, deixa o local para a vencedora. Jovens machos também desenvolvem o ritual chamado de “pescoçadas”, para determinar o dominante.
Do lado esquerdo da tela, foto de Don Getty (www.dongettyphoto.com), no Parque Nacional Masai Mara, Quênia (1989).
Do lado esquerdo da tela, foto de Christine e Michel.
Às vezes, nessas brigas, a perna de uma girafa vai parar em cima da outra por puro acidente... Na foto do lado direito da tela, não é a girafa maior que levantou a perna, mas sim a girafa menor que abaixando o seu pescoço até o chão, acaba “enganchando” a perna da outra girafa na hora de subir sua cabeça... Veja outra foto dessas na capa da revista Fotografe Melhor!


Família do tipo matriarcal, grupos de machos, machos solitários, grupos de machos e fêmeas. Vivem em espaços grandes de 120 quilômetros quadrados para fêmeas adultas, mas menores para machos maduros. E maiores para machos jovens, por serem aventureiros.
Apesar de serem solitárias, unem-se em grupos para se proteger de seus predadores. Além disso, se isolam em grupos menores, mas mantém a vigilância entre si, tendo em vista a sua excelente visão. Geralmente, os grupos têm como área central onde se alimentam e nas áreas periféricas eles fazem vigilância.
Fêmeas jovens se mantém juntas nos mesmos espaços com as suas mães e debandam para outras áreas juntas, em grupos, dispersando-se de suas áreas natais no terceiro ou quarto ano. Esta é a idade onde ocorrem as maiorias lutas de pescoço para estabelecer a hierarquia.
Machos exercem a sua dominância numa pequena área e seu estatus declina quando eles se mudam para outras zonas. Um macho dominante fecundará as fêmeas que puder dentro desta área. Passam uma boa parte do tempo patrulhando suas áreas...
A criação de grupos ocorrem em grande frequência e eles se reconhecem entre si. Existe uma alta frequência de associação entre pares de fêmeas.
Nature Wildlife Giraffe Page – © Copyright Spook, 1996. Photo by Spook Skelton, próximo a Satara Camp, Kruger National Park – África do Sul (Nikon F4/400mm lens and Kodachrome 64 Film).
Os machos não são territoriais e amigavelmente coexistem juntos. A razão desta harmonia é a hierarquia na sociedade. Cada indivíduo sabe o seu estatus relativo, o que minimiza a agressão. O estatus é reforçado através de lutas. As fêmeas também têm uma hierarquia dominante, embora a manifestação seja mais suave.